Sinto as paredes me engolirem enquanto me calo sob o infinito zumbido agudo que vem de dentro de minha cabeça. Não sei se já conseguiu escuta-lo alguma vez, pois apenas em um estado próximo do silêncio podemos percebe-lo, aliás, sabia que este mesmo zumbido é o responsável por determinar o fato que o silêncio não existe? Mesmo que o mundo acabasse com todos os ruídos existentes, ainda assim não é possível fugir dessa nota aguda que fica soando constantemente vindo de nossa cabeça. Acho que vale a pena você tentar escutar algum dia.
Por mais que nada esteja em movimento, neste lugar não sou capaz de me amnesiar, deixar que a festa deixe de ser festejada, deixar que tudo se quebre e transforme-se em grãos de poeira. Não, o mesmo lugar de onde vem a nota aguda insiste em não me deixar desligar do mundo quadrado que me foi concedido, não que ele seja de meu mérito, agora adoraria dizer que tanto faz, mesmo que por poucos instantes. Posso pensar que esse som representa o barulho de um motor ligado, assim como as maquinas ligadas, na qual estamos acostumados a conviver no nosso dia-a-dia. Poderia ser uma maneira de enviar para nosso corpo dizendo que esta tudo bem, e que a maquina esta ligada e cumprindo a sua função com sucesso. E isso não necessariamente é algo bom.
Paro pra reparar nas malditas paredes novamente, tão falhas, tão humanas, tão condenadoras de um sonho com limites. Um lugar onde o topo de um prédio é capaz de tocar o céu. Meus Deus, como vim parar aqui? Estou longe de casa. Essa é minha casa temporária, cai nela, mas não é meu lar. Deixo de pensar por alguns instantes. Me sinto em paz. A nota aguda voltar a soar quando não há mais o pensar, e assim volto a me lembrar das paredes, e de tudo que eu gostaria de esquecer. Sou falho, e tenho uma falha perfeitamente dominada, assim como uma boa maquina deve ser.
Paro pra reparar nas malditas paredes novamente, tão falhas, tão humanas, tão condenadoras de um sonho com limites. Um lugar onde o topo de um prédio é capaz de tocar o céu. Meus Deus, como vim parar aqui? Estou longe de casa. Essa é minha casa temporária, cai nela, mas não é meu lar. Deixo de pensar por alguns instantes. Me sinto em paz. A nota aguda voltar a soar quando não há mais o pensar, e assim volto a me lembrar das paredes, e de tudo que eu gostaria de esquecer. Sou falho, e tenho uma falha perfeitamente dominada, assim como uma boa maquina deve ser.
Mais uma vez você me deixa de cara com suas palavras, parabéns por mais esse post, muito foda.
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